Pet

Cães e gatos podem salvar vidas com a doação de sangue

Luisa Neves

Uma forte anemia fez que com a gatinha Maggie passasse por duas transfusões de sangue em uma semana. Segundo a tutora, Nancy Delint, a pet correu risco de morte e teve que repor sangue às pressas.

– Maggie sofre de alergia alimentar. Descuidei um pouquinho da alimentação e ela ficou doente. Se não tivesse encontrado um doador a tempo, teria perdido a minha pequena – desabafa.

Nancy lembra que recorreu às redes sociais em busca de um gatinho que pudesse socorrer Maggie. O problema maior era correr contra o tempo, visto que o doador precisava estar em jejum para o procedimento.

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Assim que a relações públicas Aline Japur soube que Maggie precisava de doação de sangue correu para ajudar. Ela conta que não conhecia Nancy, mas quando viu o apelo nas redes sociais não pensou duas vezes.

– Confesso que fiquei preocupada em levar o Smeagol para doar sangue. Ele é um bichano saudável e tem o peso certo para ser um doador, não poderia me isentar. Mas o procedimento foi rápido e tranquilo – relata.

Aline conta que Smeagol só foi sedado porque é um pouco nervoso, mas ela tinha a opção de não anestesiá-lo para a transfusão.

Maggie recebeu sangue e está muito bem. E, assim como ela, outros animaizinhos podem precisar de doação de sangue para sobreviver. Para isso, é importante que tutores estejam atentos a essa necessidade e se disponham a ajudar outros pets. 

Gatinha que precisou de doação de sangue
Foto: arquivo pessoal / arquivo pessoal

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Segundo a médica veterinária Carla Wagner, da Cia dos Bichos, de Santa Maria, diferentemente dos humanos, não é necessário saber a tipagem sanguínea desses doadores para o procedimento.

O veterinário Alexandre Biacchi, da VetCenter, de Santa Maria, diz que, além da anemia, outros problemas podem resultar na necessidade de transfusão de sangue no pet.

– A hemoparasita, conhecida como doença do carrapto, é a principal causa de doenças relacionadas ao sangue do animal, visto que atinge a medula óssea. Outros fatores que podem levar à transfusão são hemorragias e lesões de órgãos internos – explica.

Carla lembra que, para serem doadoras, as fêmeas não podem estar prenhes ou no cio. De acordo com a médica veterinária, no caso de gatos, os exames de Fiv (imunodeficiência felina ou Aids) e da Felv (leucemia felina) devem estar negativos.

– É imprescindível que estejam descartados quadros infecciosos e que os números de plaquetas e hematófagos estejam compatíveis. O intervalo entre as doações pelo mesmo animal deve ser, no mínimo, de três meses – recomenda.

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Biacchi diz que não há riscos de danos colaterais aos pets já que, para serem doadores, devem comprovar que estão clinicamente bem para o procedimento.

A recepcionista do Hospital Veterinário de Santa Maria (HVU) Iracema Seixas explica que o banco de sangue para animais na cidade ainda não foi implantado e que as campanhas de doações são realizadas conforme necessidade.

REGRAS PARA DOAR

Para cães e gatos
_
Perfeitas condições de saúde
_Peso superior a 30 kg (cães) e 6 kg (gatos)
_Sem doenças infecciosas
_Vacinado
_ Sem histórias de doença grave
_No caso de fêmeas, não podem estar prenhes ou no cio
_Não podem ter carrapatos e serem negativos para hemoparasitoses (doença do carrapato)
_Gatos não podem ser Fic ou Felv positivos
Fonte: Alexandre Biacchi e Carla Wagner



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